segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Fotos da Aprsentação de alunos na finalização dos projetos tematicos























Escola Estadual Guimarães Rosa:Confraterniza Com Pais e Alunos,a finalização de alguns Projetos Temáticos que foram feitos com professores do 1º ao 5º ano em parceria com os coordenadores de área do Projeto Além das Palavras.





sexta-feira, 10 de julho de 2009

Projeto Temático Brincadeiras de Ontem e Hoje.Professora Evanir com a Turma do 3º ano


























































Projeto Temático

Brincadeiras de Ontem e de Hoje

Introdução

Atualmente os brinquedos eletrônicos tem tirado o entretenimento da criança.O objetivo deste projeto é resgatar as brincadeiras antigas e associa-las as atuais para que a criança possa conscientezar-se de que brincar não é apenas manusear um brinquedo,mais sim ter interesse e participação e interação com os colegas,observa-se que muitas brincadeiras apresentadas neste projeto além de ser prazerosa é também uma atividade física como por exemplo:perna de pau, pula elástico, ovo choco, morto vivo ,queimada e outras. Observa-se que essas brincadeiras além de saudável são importantes para o sistema educativo, pois ensina a criança obedecer a regras e limites.
Objetos da Pesquisa

Brinquedos Confeccionados pelos alunos

Objetivo Geral

Reviver e elaborar brinquedos, realizando brincadeiras que diz muito sobre o tempo, a cultura e as características das crianças.


Objetivos Específicos.

- Reconhecer a importância dos brinquedos e brincadeiras, como elementos da cultura local.
-Promover a socialização e interação afetiva entre criança e família.
- Incentivar a vivência de valores como: cooperação, respeito, justiça, solidariedade, auto-estima, auto-aceitação e auto-conhecimento.

Justificativa

Esse projeto será desenvolvido para complementação das atividades da disciplina de Matemática do projeto Além das palavras
Os brinquedos são elementos tão presentes no nosso cotidiano e são muitas vezes usados como recursos e instrumentos educativos. Porém, brinquedos eletrônicos têm substituído à arte de construir artesanalmente esses objetos, a fantasia, a imaginação e a socialização advinda do ato de criar e brincar com sua própria criação.
A proposta deste projeto é desenvolver um trabalho com os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Guimarães Rosa, a fim de conservar os tipos de brinquedos e brincadeiras antigas, possibilitando às crianças desta Unidade Escolar o conhecimento de que brincar não é apenas manusear objetos e jogos eletrônicos, e sim participar da construção do brinquedo, interagindo com os colegas e familiares nas brincadeiras e desenvolvendo valores importantes na formação do ser humano.

Hipótese

-Espera-se através deste projeto evidenciar a importância de se construir um objeto, por mais simples que seja nele fica as marcas e características do criador.
- Talvez mudar a ideologia de que nossos pais não tinham brinquedos, observa-se com essa pesquisa que eles brincavam sim, no entanto de modo diferente, por que eles construíam seus brinquedos. A matéria prima eram sucatas, legume, cabelo de milho para fazer as bonecas, nota-se que de forma inconsciente tinham que raciocinar para criar e construir seus objetos e brinquedos preferidos, e isso é uma maneira de estimulo de raciocínio e senso critico. Este quesito está faltando a maioria dos educandos nos dias atuais, e cabe aos educares buscar alternativas que resgate esses
Valores.


Fundamentação teórica.

Segundo Cristina Carmo quando sugeriu esse projeto temático. Ela usou como um suporte teórico o Estatuto da Criança e do Adolescente que diz brincar é um direito de toda criança e as brincadeiras sempre fizeram parte do mundo da criança. É notório que na vida escolar da criança precisa estar inclusas as brincadeiras educativas.
Moacir Gadotti comentou sobre o prazer na escola e nesse comentário esta contido a seguinte fala “E creio mais que é só de prazer que surge a disciplina e a vontade de aprender.É justamente quando o prazer está ausente que ameaça se torna necessária”.
Fica evidente que o educador dos dias atuais precisa fazer uma retrospectiva e também a prospectiva de sua ação pedagógica, fazendo assim perceberá que muitos filósofos e educadores que atuaram antes de nós já tinham essa preocupação, e buscava apresentar alternativas que pudesse tornar a escola um ambiente prazeroso.


Metodologia

A organização foi feita da seguinte forma: cada aluno pesquisou o pai, a mãe, outros parentes e vizinhos, sobre suas brincadeiras de infância. A partir dos resultados eles fabricaram os brinquedos tais como: telefone sem fio, animais feitos de abacate pequenos, carrinhos de madeira e sucatas, bonecas de pano, pernas –de –pau e outros.
Nas pesquisas foram demonstradas preferências de brincadeiras tais como: Ovo choco pula elástico, passar anel cantigas de roda, morto vivo e outras mais.

Considerações Finais

Após acompanhar as brincadeiras e visualizar os brinquedos que os alunos trouxeram para a avaliação do projeto. Nota-se que as brincadeiras também é um processo educativo onde a criança tem que obedecer a regras e ser coerente com os colegas, isso evidencia a concentração e a atenção que eles demonstram para não ser trapaceado pelos outros.Sendo que as brincadeiras fazem parte da vida da criança seja no âmbito familiar ou escolar. As brincadeiras podem ser uma alternativa que trás resultados positivos no desenvolvimento da aprendizagem do educando desde que o professor faça um bom planejamento.

Bibliografia

Armo,Cristina. Matemática:3º ano;2ª série/Cristina Carmo;Ilustrações
Marcos Vinicius de meloMoraes,Carlos Vinicius de Oliveira-Curitiba:Positivo,2004

Gadotti,Moacir, Historia Das Idéias Pedagógicas;8ª ed; editora ática SP.2003

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Árvore Dos Números

A Árvore dos Números

Prof.Nadir Maria de Moura

Organização: Grupos de 3 ou 4 participantes dependendo do número de alunos.

Materiais: Um galho de árvore, 100 pirulitos, 100 cartões contendo os números de 0 a 9 papel crepon cor verde para encapar os galhos da árvore, cola e barbante.

Estratégias: colar os cartões nos pirulitos e pendura-los na árvore, cada integrante do grupo vai até a árvore e retira um pirulito e coloca no centro da mesa, fazer isto em forma de rodízio até ser retirado todos os pirulitos da árvore.


Objetivos: Levar o aluno a aprender os números de 0 a 100 e identificar unidades e dezenas.

Regras: Os grupos deveram ser formados com alunos de níveis de conhecimentos diferentes.
Cada grupo deve analisar os algarismos dispostos sobre a mesa e com eles organizar as quantidades possíveis de números entre 0 a 100.

Vencedor o grupo que apresentar mais criatividade e formar a maior quantidade de números.


Atividade recomendada para alunos do 2º ano.

Árvores dos Números Atividade Para Trabalhar Dezenas e Unidades















Atividade Trabalhada Com a turma do 2º ano B Professora Ivanir







Escola Estadual Guimarães Rosa

áRVORE DOS NÚMEROS ATIVIDADES PARA TRABALHAR DEZENAS E UNIDADES










ATIVIDADES COM O 2º ANO TURMA 'A' PROFESSOR SAMUEL






ESCOLA ESTADUAL GUIMARÃES ROSA



quarta-feira, 29 de abril de 2009

Atividades com jogo Banco Imobiliario, adição subtração multiplicação e divisão
















JOGO: BANCO IMOBILIARIO
Projeto Além das Palavras Área Matemática
Escola Estadual: Guimarães Rosa
Município: Sete Quedas
Atividade para o 5º ano. Professora Zeli Oliveira. Coordenadora de área. Nadir Maria de Moura
Planejamento da Atividade: data 29/04/09

Conteúdos
Objetivos
Meta
Comp/Habilidade
Estratégias
Avaliação
Cronograma
Operações
Matemática:
Adição, subtração,
Multiplicação e divisão.
Sistema monetário.
Compra, venda e empréstimos.
Estimular a concentração,
O raciocínio lógico do aluno através do monopólio
Do mercado imobiliário,
Negociando suas propriedades,
tendo o cuidado de não ir a falência.


Apresentar os jogos e brincadeiras como sujeito facilitador.
Na busca pelo interesse do educando na aprendizagem
dos conteúdos ministrados em sala de aula
Reconhecer. As operações elementares de matemática, nas negociações de compra e venda dos imóveis.
Dividir a turma em grupos de 4 ou 6 alunos.
Diversificando
O grupo com alunos de
Níveis de conhecimentos
Diferentes.
Interação do educando com as
Atividades propostas
Duas horas

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Retas Paralelas e Concorrentes Com desenhos livres Material tampinha de garrafas




JOGO: Desenho Livre com Tampinhas de Garrafas
Professora Nadir Maria de Moura

Escola Guimarães Rosa
Município Sete Quedas
Projeto Além das Palavras

Organização: Grupo de quatro alunos
Objetivos: Estimular a criatividade, a capacidade de concentração e levar o educando a identificar através de tampinhas coloridas, unidades, dezenas, centenas, milhares milhões. Levar o aluno através do desenho o prazer de estudar os conteúdos de matemática identificar retas Paralelas e concorrentes.
Verificação das operações elementares.
Materiais: Tampinhas de garrafas, papel grepom de cinco cores, para identificação de valores numéricos.
Regras: O professor deve apresentar os desafios previamente planejados.
Estabelecer a representação de cada cor.
Amarela: Unidades
Laranja: Dezenas
Verde; Centenas
Azul Royal: U milhares
Marrom: U milhões etc.
Estabelecer o tempo para a atividade
Explicar os critérios para avaliação, estética do desenho, número de tampinhas utilizadas no mesmo.
Pontuação, tampinhas de unidades vale 1 ponto,dezenas 2 pontos,centenas,3 pontos milhares 4 pontos e milhões 5 pontos.
O grupo vencedor será quem fizer mais pontos e apresentar corretamente a somatória dos números utilizados no desenho.

O professor pode adaptar esta atividade de acordo com a turma que trabalha e o conteúdo estudado
Atividade Recomendada para o 5°
Assista o video que apresenta essa aula.

Jogo Decompondo a Pirâmide Trabalho com Divisores e Multiplos




Escola Estadual Guimarães Rosa
Município Sete Quedas DECOMPONDO A PIRÂMIDE: Nadir Maria de Moura

Objetivos: Levar os alunos a identificar os múltiplos e divisores de um número positivo qualquer.
Visualizar os primórdios dessas operações.

Organização: Parcipação coletiva da sala independente do número de alunos.
Materiais: 45 cubinhos de 5cmx 5 cm de madeira ou papel cartão,pincel atômico para numerar as faces dos cubinhos,uma caixa de sapato e papel oficio comum.
Regras: Escolher um número de 2 a 9,fazer uma seqüência no mínimo 45, exemplo:1,2,3,4..............88.
Construir uma pirâmide, tendo como base os números em ordem crescente.
Coloque na caixa de sapato pedacinhos de papeis com os números que estiver na pirâmide.
Faça um sorteio, cada aluno tira um número.
O número que o aluno tirou no sorteio tem que ser retirado da pirâmide sem derrubá-la.
Sempre dar opção para o aluno fazer intercambio que desejar com o número sorteado.
Sendo a base feita com os números menores o grau dificuldade aumenta á medida que facilita a retirada do número da pirâmide.
O aluno deve apresentar os divisores e no mínimo 3 múltiplos do número escolhido.
Os acertos de unidades valem 1 ponto,dezenas valem 2 pontos as centenas valem três pontos.
Pede quem derrubar a pirâmide.
Vence quem acumular mais pontos.

Atividade recomendada para alunos do 5º ano.
Asista o video dessa aula

segunda-feira, 9 de março de 2009

Atividades com jogos de Boliche adição e subtração






















Jogo de Boliche

Organização: Jogo individual

Objetivos: verificar o aprendizado do aluno em relação ao conhecimento dos números, adição e subtração.

Materiais: 10 garrafas de coca de 250 ML água e suco de três cores diferentes, dilua o suco na água, encher 4 garrafas,vermelho,3 garrafas amarelas e 3 garrafas verde.

Regras: atribuir uma quantidade de pontos para cada garrafa vermelha, verde e amarela,critério do professor.

Cada aluno recebe uma planilha com o nome dos alunos para marcar a pontuação.
No final de duas rodadas quem marcar mais pontos é o vencedor.

Planejamento da Atividade
Conteúdos
Objetivo
Meta
Estratégias
Avaliação
Cronograma

Números e cálculos: adição e subtração
Estimular o interesse dos alunos em relação ao estudo dos números
Apresentar alternativas que facilite o aprendizado do aluno nos conteúdos de matemática.
Jogo individual.
Cada aluno anota o número de pontos feito pelo colega.
Interesse e participação dos alunos através da apresentação do resultado final.
Duas horas












sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Artigo

O Projeto Além das Palavras Traz Uma Nova Óptica ao Processo de Ensino e de aprendizagem no Município de Sete Quedas.
MOURA, Nadir Maria de Moura1

Resumo
É de responsabilidade do Projeto Além das Palavras dar uma formação continuada aos professores atuantes no 3º, 4º e 5º ano, que visa um melhor aproveitamento no processo de ensino e de aprendizagem. Embora esteja dando os primeiros passos, é notório a mudança de ação e atitude dos educadores nos referidos anos, inseridos no projeto. Como toda mudança traz divergências o projeto não é exceção, no entanto seus idealizadores diagnosticaram corretamente os sintomas que tem gerado uma síndrome no ensino-aprendizagem, oferecendo bases sólidas para dirimir os fatores negativos que tem levado ao fracasso a aprendizagem.

Palavras Chaves: Formação Continuada, Pensar, Aprender, Leitura.

Abstract
The Project Afterlife of words resposability,to give a continued formation to perform teachers, in 3rd , 4th and 5th stage, with goal an best use in teaching-learning, in spite of we are giving the first steps, it is remarkabily the change of action and attitude of educators on refered stages, like all change brings opposing, this project isn’t exception, in the meantime its thinkers diagnostic correctly the symptom that forms syndrome in teaching-learning, it’s giving solid bases to reduce the negative factors have fallen the learning.

Keywords: Continued formation, think, learn, reading

Introdução
. Após momentos reflexivos da direcionalidade do Projeto Além das palavras, notou-se q
O Projeto Além das Palavras, recém nascido no Estado do Mato Grosso do Sul traz uma nova ótica da deficiência no ensino-aprendizagem, atualmente, vivenciada. Após seis meses trabalhando como coordenadora na área de Matemática, verifiquei alguns fatores determinantes que têm levado o sistema educacional quase ao fracasso. Citarei alguns exemplos para melhor esclarecer o que aqui defendo, relatando que a maioria dos educadores não possui gosto pela leitura, não sabem pensar, possui formação deficitária, indisponibilidade de querer aprender - a - aprender e individualismo na docência, fazendo de sua prática docente um ato solitário. Estes são alguns sintomas que têm se transformado em uma síndrome no ensino-aprendizagem que de uma forma explícita ele tem um tratamento específico a cada um desses fatores.

1. Coordenadora do Projeto Além das Palavras – Área Matemática – Município Sete Quedas
A Importância da Leitura dentro do Sistema Educacional

A “leitura“ deve ser visualizada de forma diferente não como lição ou imposição de processos avaliativos, mas com uma intencionalidade de despertar no discente o prazer de buscar informações e conhecimentos para enriquecimento de sua formação como cidadão.
Para que isto aconteça faz-se necessário uma reformulação do conceito de ler. Primeiramente levar a criança ao aprendizado da leitura do mundo em que está inserido, dos objetos que o cerca, da simplicidade da vida. Tal como relata Freire (Congresso, 1981):

O ato de ler não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade daquele, a leitura da palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo, mas por uma certa forma de escrevê-lo ou de reescrevê-lo quer dizer, transformá-lo através da prática consciente.

Uma educação voltada para o incentivo à leitura faz-se muito importante no processo educacional para o docente e para o discente, tal como expressa Silva (1994 p. 19), “professores e alunos precisam ler porque a leitura é um componente da educação e a educação, sendo um processo, aponta para a necessidade de buscas constantes de conhecimento”. Para tanto, para desenvolver habilidades de leitura, o professor junto ao aluno precisa buscar situações didáticas que favoreçam a aprendizagem Entretanto o ato de ler não significa unicamente, o processo de decifração de símbolos ou códigos, mas deve servir como objeto de interpretação e instrumento de transformação social. Para tanto,”[...] para desenvolver habilidades de leitura, o professor junto ao aluno precisa buscar situações didáticas que favoreçam a aprendizagem [...], estabelecendo as conexões lógicas, as inferências [...].” (Barrueco, 2007 p. 93)
Quando é mencionada a busca de conhecimentos, exemplifica-se aqui que “Matemática Com Alegria” que subsidia a área de Matemática, a autora Cristina Carmo fez um casamento perfeito do conteúdo com as ilustrações, as quais são vivenciadas por nossos alunos em seu dia-a-dia. No entanto, muitos professores reclamam e dizem que os exercícios são poucos, o que denota que tais professores não percebem que dentro do contexto exposto há necessidade de ir além do que está pronto e criar algo mais para o educando.
A incapacidade de se criar “algo” é evidenciada pela falta do hábito de ler. Quem não lê tem seu universo limitado, pensar torna-se difícil, e é o que se percebe em um número considerável de profissionais educadores, pois a situação de comodidade vivida por alguns professores durante vários anos possibilitou a cristalização de conceitos, impedindo-os a visão de novos conhecimentos. Mas a direcionalidade metodológica do projeto Além das Palavras tem auxiliado esses profissionais dando aos mesmos um novo vigor e uma nova perspectiva diante da realidade na qual se encontram.

A importância da formação do professor no sucesso do contexto de ensino-aprendizagem

A debilidade formativa dos professores é um dos fatores de maior responsabilidade quando se fala em fracasso escolar. O problema é que existe um abismo enorme entre teoria e prática educativa.
Percebe-se que na maioria dos Cursos de graduação o futuro profissional aprofunda-se em autores teóricos que lhe apresentam uma educação ideal, onde não há problemas, mas quando tal profissional é inserido no exercício das suas funções encontra-se com a verdadeira realidade, descobrindo que a educação estudada nos campos acadêmicos não passa de mera utopia. Nesse sentido, Candau (1996, p. 49) relata que: “Um dos problemas que mais fortemente emerge da análise da problemática da formação dos profissionais de educação é a questão da relação entre teoria e prática”.
Ghedin (2005, p. 30) argumenta que:

A reflexão sobre a prática institui-se a partir de uma necessidade de tornar a prática cotidiana que se dá mais reflexiva e compreendida em seu contexto e se constitui uma forma definidora da identidade do professor e de seu desenvolvimento profissional.

Essa deficiência profissional não é recente, segundo Romanelli (1987, p. 36) “no contexto histórico verifica-se que após a expulsão dos jesuítas no século XVIII, a responsabilidade da educação foi transferida para professores leigos com pouca instrução acadêmica”.
Tal situação predomina até os dias atuais, pois, segundo Salgado (2000 p. 15),

Até algumas décadas atrás, não se julgava necessário que professores tivessem uma formação sistemática aprofundada. Os cursos que preparavam esses professores, não enfatizavam a formação geral nem os aspectos teóricos da educação, detendo-se quase só em aspectos metodológicos. Dava-se mais importância à chamada vocação e às características pessoais, tais como a paciência, a abnegação, a doçura e o jeito para lidar com crianças.

Além da falta de capacitação profissional, outros fatores que interferem na qualidade do ensino é o individualismo e a estagnação do professor. No que diz respeito a atitudes individualistas, Sacristan, (2000, p. 195) argumenta que: “muitas vezes, o saber prático útil ao professores procede basicamente de sua própria experiência e da transmissão do saber coletivo do conjunto de profissionais do ensino por via de socialização horizontal nos centros escolares”.
Nota-se que entre os profissionais da educação ha uma acentuada diferença entre formação e qualificação, pois o professor pega seu diploma de licenciatura, entra na sala de aula, inicia suas atividades e após certo período de tempo começa a se sentir desmotivado, porque acredita não ser reconhecido monetariamente por aquilo que faz. Passa então a defender que o sistema não lhe oferece nenhuma espécie de incentivo ou oportunidade para desenvolver suas habilidades, logo, este profissional se acomoda e com isso acaba se tornando um empecilho para o bom desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.
Para minimizar essa problemática os idealizadores do Projeto Além das Palavras, junto à Secretaria estadual de educação têm demonstrado sensibilidade e responsabilidade para com os profissionais que estão na ativa, ao colocar professores habilitados nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática, onde estes coordenam e auxiliam o professor na direcionalidade das atividades nas oficinas e no assessoramento in loco. Tais atitudes levam à credibilidade do projeto com a formação continuada dos profissionais, além de democratizar e remunerar os horários excedentes de trabalho nos encontros para realização das atividades e das oficinas.
Este projeto tem dado bom resultado embora de forma lenta e gradativa, mas verifica-se que mesmo paulatinamente foi o único que nas últimas duas décadas demonstrou logo de início ser um projeto no setor de educação a sair do papel acompanhado de uma promessa que abrange não apenas um único grupo (como foram os projetos educacionais anteriores), mas sim busca melhorar o desempenho de aprendizagem tanto dos educadores, como também dos educandos.

Uma das Características do Projeto Além das Palavras é Levar o Docente a Aprender a Pensar
Os resultados obtidos nas avaliações diagnósticas evidenciam que nossos alunos não estão preparados para aprender a pensar. O baixo índice no IDEB- Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, deixou diretores e coordenadores em;alerta, pois a insatisfação é notória, levando-os aos questionamentos, aos porquês.Hoje, fica fácil responder esses questionamentos com poucas probabilidades de erros, tendo é claro conhecimento de causa, pois se o professor não domina, não tem conhecimento do conteúdo da matéria que ensina, conseqüentemente os educandos não poderão aprender. O correto nesse caso seria necessário a realização de avaliações como as do IDEB não a alunos, mas também aos professores, para a partir daí nortear o processo avaliativo do aluno.
Tal afirmativa pode ser confirmada em Libâneo (1994, p. 105)

Não é muito comum os professores terem o hábito de levar os alunos a pensarem sobre o que estão aprendendo. Frequentemente a criança faz uma pergunta ou revela uma curiosidade e, ao invés de ajudá-la a refletir, o professor entrega a resposta pronta ou simplesmente ignora o problema.

Uma das vertentes do Projeto Além das Palavras esta voltada à minimização desta dificuldade do professor em sala de aula, ensinando-o a questionar mais os alunos, fazer levantamento de conhecimentos prévios dos alunos, respeitando o que o aluno sabe e ensinando o que ele não sabe.
Aprender a aprender, aprender a pensar, encontrar idéias, são fatores predominantes no sucesso do trabalho do educador. Não é necessariamente obrigatório, que se invente novamente a roda, embora é claro, que novas idéias sejam sempre bem vindas, mas é importante que o educador saiba recriar situações de aprendizagem, uma vez que, em teoria, existe no universo educacional criações suficientes e tendo apenas um pouco de criatividade é possível dar uma nova roupagem a essas idéias, para que seus conteúdos tornem-se mais atrativos.
O professor do Século XXI precisa perceber que toda informação comum que se tem é uma aquisição de experiência de vida, porém o conhecimento vem através de reflexões, e leva a descobrir valores dos fatos e explicações do que se ensina.

Conclusão

Em suma, observa-se que dentro da problemática quase crônica que é o fracasso no processo de ensino e de aprendizagem, surge o Projeto “Além das Palavras” como forte indicador no ensino de novas habilidades e competências apontando aos educadores sua parcela de responsabilidade neste contexto, mostrando que não existe uma formação ou um conhecimento acabado.
Os educadores precisam de uma formação continuada, pois a estagnação é uma das causas principais das mazelas insatisfatórias que estão inseridas no sistema educacional. Atualmente é comum ouvirmos reclamações de professores colocando toda responsabilidade de seu insucesso no aluno, então surge o Projeto Além das palavras dando ao aluno a chance de defesa e para mostrar que este é capaz sim de aprender, de pensar, ser critico e ser ativo, desde que tenham profissionais com competência para ensiná-los.
Este artigo não termina aqui já que o trabalho ora apresentado é uma analise pessoal e limitada apenas no município de Sete Quedas, nas Escolas Guimarães Rosa e 13 de Maio e tem como base os seis meses de trabalho realizado desde a implantação do Projeto. Portanto, poderá ser complementado por outras experiências de colegas, tanto do município em foco como de outras cidades e unidades de ensino.

Referências Bibliográficas

CANDAU, Vera Maria;. Rumo a uma nova Didática, 8ª ed. Vozes, Petrópolis, 1996.

FREIRE, Paulo; A importância do Ato de Ler. Conferência preparada para um congresso sobre Leitura na cidade de Campinas – SP, 1981.
GHEDIN J; Formação continua de professores Salto para o Futuro, Boletim 12, Programa 3, MEC. 2005.

LIBÂNEO, José Carlos; Didática. 16ª reimpressão SÃO PAULO: Cortez, 1994(Coleção magistério 2º grau. Série formação do professor)

ROMANELLI, Otaiza de Oliveira; História da Educação no Brasil, 9º ed. Vozes, Petrópolis – RJ, 1987.

SACRISTÃN, J. Gimeno; O CURRÍCULO: Uma Reflexão Sobre a Pratica, 3ª ed. ARTMED, Porto Alegre, 2000.

SALGADO, Maria Umbelina Caiafa; Um Olhar Inicial sobre a Formação de Professores em Serviço, MEC/ SEAD, Brasília, 2000.

SILVA, Ezequiel Theodoro da; Elementos de Pedagogia da Leitura. 2ª ed. São Paulo, Martins Fontes, 1993.

BARRUECO, Sônia Maria Ferreira. Avaliando a experiência de formação continuada em língua portuguesa do GESTAR. 2007, 268 f. Capítulo II. A leitura e o ensino da língua: linguagem, discurso e texto.Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Católica Dom Bosco – UCDB. Campo Grande/MS, 2007.